Tribunal mantém condenação de acusado de matar médico dentro de unidade de saúde

Defesa de Hanilton Bosso Araújo pediu revisão da sentença alegando erro judiciário, mas Justiça entendeu que não havia provas para pedido de absolvição. Ele foi condenado a 19 anos e 3 meses de prisão.
O réu foi declarado culpado em audiências realizadas em 2023 — Foto: Divulgação
Na sentença de maio de 2023, o juiz condenou Hanilton por homicídio triplamente qualificado, sem a possibilidade de a vítima se defender. Ele já havia começado a cumprir a pena em regime fechado, mas defesa dele pediu revisão da sentença alegando erro judiciário.
No julgamento da revisão criminal, os desembargadores julgaram que o réu não trouxe “qualquer prova nova capaz de conduzir o colegiado ao conhecimento da ação”.
Médico Ricardo Maciel Catuladeira Miranda foi assassinado dentro de hospital — Foto: Arquivo pessoal
A decisão colegiada entendeu que o pedido de absolvição não estava amparado em nenhuma das hipóteses que autorizam a admissão da ação de revisão criminal.
O crime
Momento em que suspeito foge da unidade — Foto: Reprodução
As filmagens mostram Hanilton entrando na unidade de saúde tranquilamente após dizer que precisava de uma consulta para a mãe. No momento do crime tinham vários pacientes na sala de espera.
Testemunhas contaram que ele estava armado com uma faca e caminhou até a sala de descanso, onde o médico estava dormindo no horário de intervalo.
O laudo necroscópico concluiu que o médico foi atingido por oito facadas ao todo, pelo menos seis delas na região dos órgãos vitais. Hanilton foi preso em Silvanópolis no dia seguinte ao crime.
A principal linha de investigação da polícia foi que o crime tenha sido motivado por ciúmes, pois a esposa do réu tinha trabalhado com o médico na unidade de saúde.