Réu por encomendar assassinato de empresário em Palmas é condenado a 22 anos de prisão
Os jurados consideraram Bruno Teixeira culpado por homicídio duplamente qualificado por ter praticado o crime mediante promessa de pagamento e por emboscada, dificultando a defesa da vítima.
Ele ainda pode recorrer da sentença, mas deverá permanecer preso. O g1 aguarda posicionamento da defesa dele.
O juiz levou em conta o fato de que o réu foi considerado foragido por mais de um ano durante o processo e acabou sendo preso em Balneário Camboriú (SC). “O condenado Bruno Teixeira da Cunha não poderá apelar em liberdade, porque permanecem hígidas as razões que ensejaram sua decretação”, diz trecho da decisão do juiz Cledson José Dias Nunes.
Empresário foi assassinado em janeiro de 2020 na Av. Palmas Brasil — Foto: Reprodução
Relembre o caso
Elvisley Costa foi assassinado em um estacionamento da Avenida Palmas Brasil. Câmeras de segurança de um restaurante flagraram o momento em que ele foi baleado. A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual afirmam que o homicídio foi encomendado por R$ 25 mil por Bruno Teixeira.
O crime foi registrado por câmeras de segurança. O vídeo mostra que o criminoso estacionou a motocicleta na passagem entre a avenida e a parte interna da quadra 704 Sul, ele desce e caminha até o veículo estacionado.
Sem dizer nada, o homem faz os disparos contra o vidro ainda fechado. Ele não tirou o capacete em nenhum momento. Logo depois, o criminoso volta para onde a motocicleta ficou estacionada e foge.
O vídeo também mostra que o outro homem, que seria Bruno, estava no carro. Após os disparos, ele sai do veículo.
No ano passado, uma investigação da Polícia Civil do Tocantins revelou que Bruno Teixeira usou um celular institucional da Casa de Prisão Provisória de Palmas para fazer ligações e enviar mensagens em tom ameaçador para conhecidos. Na época, o g1 revelou que o aparelho foi disponibilizado pela CPP para que detentos falassem com advogados durante a pandemia e não poderia ser utilizado para contatar outras pessoas.
A informação consta em um relatório de cinco páginas assinado por agentes da Delegacia de Homicídios de Palmas. O documento traz trechos de um Boletim de Ocorrência onde um sócio de Bruno alega estar sendo ameaçado de morte depois de desfazer um acordo porque os cheques do preso não tinham fundos.









