Casal é condenado a mais de 50 anos de prisão por matar e esconder corpo de mototaxista
O casal réu no processo da morte do mototaxista Francisco Fernandes da Silva, de 68 anos, foi condenado a mais de 50 anos de prisão, somadas as penas aplicadas. O crime envolveu roubo de uma moto, celulares, dinheiro e posterior ocultação do corpo.
O mototaxista Francisco, conhecido como Fernandinho, tinha desaparecido sem deixar vestígios. A principal suspeita da polícia era de latrocínio, pois a moto e os pertences dele não foram encontrados.
Os suspeitos do crime foram identificados no meio policial como “Lúcia”, de 40 anos, e “Rafael”, de 25 anos. Os nomes completos não foram divulgados e o g1 não conseguiu contato com a defesa deles.
Os dois foram acusados e julgados pelo crime de “latrocínio” e ocultação de cadáver, cometidos em concurso de agentes e mediante emboscada, contra maior de 60 anos.
Na fixação das penas, o juiz Antônio Dantas de Oliveira Júnior, da 2ª Vara Criminal de Araguaína condenou a mulher a 25 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão, além de 70 dias-multa. Para o homem, a condenação foi de 25 anos, 2 meses e 29 dias de reclusão e pagamento de 62 dias-multa.
O juiz também fixou uma indenização a ser paga para os herdeiros do mototaxista após o final de todos os eventuais recursos contra a condenação. Também negou aos dois condenados o direito de recorrer em liberdade.
A investigação
Suspeito do crime foi preso pela Polícia Civil — Foto: Dicom SSP/TO
Segundo a Justiça, os investigadores chegaram ao casal após a quebra de sigilo telefônico de um dos celulares que era da vítima. O aparelho estava sendo usado por traficantes de drogas de Araguanã, que foram alvos de busca e apreensão policial.
No cumprimento da apreensão, os alvos ajudaram a identificar o casal que havia repassado o aparelho em negociação por drogas.
A investigação concluiu que a mulher atraiu o mototaxista para a casa dela, dizendo ter encontrado documentos que ele havia perdido. Em audiência de instrução e julgamento, ela disse que lavava e passava roupas para a vítima, que segundo ela também era fornecedor de drogas a domicílio.
No local, houve uma briga e o casal matou o mototaxista a marteladas. No dia seguinte ao crime, o corpo foi arrastado pelo homem para um lote e só foi encontrado cerca de três meses depois, após a prisão do acusado, que indicou o local exato.
O corpo estava carbonizado, pois o lote havia sido queimado por populares que não viram o corpo do mototaxista.